Blog
Saber-fazer no Museu da Moda e dos Têxteis
Abriu há uns dias, em Vila Nova de Gaia, o Museu da Moda e dos Têxteis, um novo museu dedicado à moda e à história da indústria têxtil portuguesa. No início do circuito expositivo tem uma parte da exposição dedicada às matérias-primas, até ao fio, e à tecelagem que teve a nossa contribuição, em forma de consultoria técnica e científica, produção de textos, conteúdos e fornecimento de todos os materiais expositivos.
Da maceração do Linho (pt2)
Embora sem a mesma dedicação e cuidado que tenho pela fotografia, faço questão de ir fazendo pequenos vídeos ao longo do percurso.
A penteação e o outro lado das lãs portuguesas
Pentear lã com os pentes da Louet tem sido, nos últimos tempos, um dos meus maiores prazeres. Então quando tenho nas mãos uma beleza como este merino cinza claro que trouxe da Ancorme há um par de semanas, o resultado é qualquer coisa de especial. Conseguem ver nas fotos como se mantêm os reflexos castanhos no penteado final? É lindo.
Sementeira do Linho 2016
Depois da dificuldade que foi arranjar a semente de Linho Galego para dar início a esta cultura na Quinta de Serralves em 2015, soube bem multiplicá-la e assegurar o linhal deste ano sem ter de andar a contar sementes.
O Engenheiro do Linho
Quando fui buscar as sementes de Linho Galego ao BPGV, e expliquei à Eng. Ana Maria Barata o que pretendíamos fazer e explorar com esta ideia de produzir e processar fibras têxteis sem Serralves, ela mencionou-me que tinha tido um colega no Banco que há alguns anos atrás tinha trabalhado num projecto relacionado com Linho, e que tinha andado a desenvolver equipamento que talvez achássemos interessante.
Vem aí a tosquia!
Estamos quase em Maio, e a época da tosquia já está aberta há algum tempo, mas em Serralves, a primeira tosquia às ovelhas Bordaleiras-de-Entre-Douro-e-Minho a ser realizada na própria Quinta vai acontecer no próximo sábado dia 9 de Maio, pelas 11h.
Lavar a lã com a D.Ilídia
No início de Janeiro, fui ter com a D.Ilídia e juntas lavamos uma bacia de lã, para ela me ensinar como se faz isto como deve ser.Lavar a lã é uma das fases do processo da lã aparentemente mais simples, mas que para mim encerram alguma sabedoria.
Adelaide e a Lã
Numa visita à D.Ana, marcada para ela me explicar como funcionavam os "riscos" do tear, tive a sorte de conhecer também a D.Adelaide, que é a sua irmã mais velha. Trazia consigo mais alguns riscos e umas mantas, para que eu pudesse perceber melhor como tudo funciona.
Fazer um fuso com o Zé Manel
Quando comecei a aprender a fiar, tornou-se indispensável arranjar uma roca e um fuso para mim. Como tive a sorte de estar a aprender com quem sabe o que faz no que diz respeito à fiação, fui logo informada das características de um bom fuso: são de carvalho, para que tenham um peso próprio adequado, são esculpidos à mão do início ao fim e têm uma mainça bem definida
Apisoar a lã
A folhear o Tecnologia Tradicional: Pisões Portugueses achei uma coincidência engraçada que as únicas fotos de um pisoeiro em acção fossem as do pai do Sr.Francisco, pisoeiro do Pisão de Tabuadela, que já tive a oportunidade de visitar.
Aprender a fiar o linho
Com a D.Maria a ensinar-me, fiei linho pela primeira vez.
Ela assedou-me um manelo e depois de me explicar como o colocar correctamente na roca, fiar o linho não foi nada complicado.
Torcer o fio usando apenas o polegar
Ainda a propósito das várias técnicas que existem para torcer um fio, fica aqui um clip de um vídeo onde o Zé Machado explica como torce o fio sem ferramentas, usando apenas o polegar.
Fiar a lã ludra com a D.Benta
Numa ida a Salto, com o propósito de visitar o Pisão de Tabuadela, onde foram apisoadas as últimas mantas de burel feitas pelas Mulheres de Bucos, tive a oportunidade de conhecer a D.Benta. À porta do seu café, falou-me da forma como fia a lã ludra, mostrou-me um truque que usa para manter a maçaroca bem firme no fuso e ensinou-me a torcer dois fios usando um fuso normal.
Funcionamento de um Pisão
Um desenho técnico e uma descrição exacta da mecânica e funcionamento de um pisão, pertencentes a um capítulo chamado “os pisões de Barroso”, escrito por Joaquim Fernandes Figueira, do XIII volume das publicações do Congresso do Mundo Português.
Fazer agulhas de Cerda de Javali
Por altura da minha primeira visita, José Machado mostrou-me por alto uma técnica que achei interessante: fazer de raiz uma linha de cânhamo com duas pontas de cerda de javali, utilizada tradicionalmente para coser calçado ou outros artigos em pele.
O Ciclo da Seda
Embora não fosse o único sítio a produzir seda em Portugal em tempos passados, neste momento, Freixo de Espada à Cinta tem o único Centro de Artesanato que desenvolve o ciclo da seda integralmente.
A Seda de segunda categoria
A adicionar ao processo de produção da seda de primeira categoria, ainda há o da seda de segunda categoria - este é o tipo de seda que não implica a morte da borboleta.